terça-feira, 17 de maio de 2016

Abelha E Sua Colmeia


De repente o sol brilha. O dia nasceu.
Ir à busca daquilo que é seu.
Doce aroma é sua razão de viver.
Voando durante horas sem temer.
Voa com o sol, seu guia.
Em busca da poeira fria.
Zumbindo entre os campos floridos
Para, da Rainha, vê-la sorrindo.
Ó, sois grande, o botão floresceu.
Pousa nas rosas de Romeu.


Cuidado! Eis que surge o entardecer.
O brilho do sol pôs-se a esconder.
Rápido com tuas asas cortando o vento.
Mas a noite chega e ela fica ao relento.
A Luz d’uma lâmpada a faz ficar.
Pensando que ali é seu lar.
Seu sentido da vida se perde no brilho.
Suas asas congelam com o frio.
Perdida na noite pôs-se a chorar.
Para o trabalho jamais irá retornar.

Nada lhe resta senão se preparar.
Se despedir, e tentar rezar.
Pois o sol vem aí.
E a noite vai embora
Levando consigo
Esta linda história.

Texto: Abelha e sua Colmeia; Livro: Palavras Vazias, Pensamentos de um Louco; Ano: 2010. Artur Gabriel

Nenhum comentário:

Postar um comentário